O vitiligo é uma doença não contagiosa que afeta entre 1% e 2% da população mundial. É caracterizado pela perda da coloração da pele, como o aparecimento de manchas brancas de tamanho e distribuição variáveis, que, normalmente, não trazem nenhum tipo de sintoma específico. Essa despigmentação ocorre graças a redução ou ausência dos melanócitos, as células que produzem a melanina, responsável por dar cor à pele.
“Normalmente, as áreas mais afetadas são joelhos, cotovelos, mãos, faces e região genital. Apesar das causas ainda não serem totalmente conhecidas, o seu surgimento parece estar associado a fenômenos autoimunes e questões genéticas. Além disso, o estresse emocional também se mostra relacionado com o nascimento e a piora das lesões”, explica a dermatologista do Corpo Clínico do Hospital Mãe de Deus, Dra. Sabrina de Stefani.
O vitiligo pode ser classificado em dois tipos: segmentar/unilateral ou não segmentar/bilateral. O primeiro surge quando a pessoa é mais jovem e afeta apenas uma parte do corpo. Já o segundo é o tipo mais comum e aparece em diferentes regiões, com ciclos de perda de cor e épocas em que a doença fica estagnada.
O diagnóstico é realizado através do exame físico dermatológico e, em alguns casos, o exame com luz de wood ou a biópsia. Os exames laboratoriais são solicitados especialmente para avaliar a relação do vitiligo com outras doenças, principalmente as autoimunes. Por fim, é importante ficar atento ao seu histórico familiar, já que 30% dos portadores possuem parentes afetados.
Apesar de não existir uma cura, são várias as opções de tratamento para controle. Os objetivos são reduzir a evolução das lesões e buscar a repigmentação do local afetado. Para isso, utilizam-se medicamentos e fototerapia, além de laser, cirurgia e até transplante de melanócitos em alguns casos. A definição da melhor alternativa para cada paciente deve ser feita de forma individualizada por um dermatologista, profissional especializado para o atendimento. É recomendado ainda o acompanhamento psicológico, já que, muitas vezes, ela causa um grande impacto na autoestima dos pacientes.
Para ajudar no controle das lesões e no cuidado da pele com vitiligo, confira algumas dicas:
