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Síndrome do pânico: o que é, sintomas e tratamento

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28/12/2022
4 min. de leitura

A síndrome do pânico é um distúrbio de ansiedade que, segundo a OMS, atinge por volta de 4% da população mundial. Só no Brasil, cerca de 6 milhões de pessoas sofrem com essa síndrome.

É muito importante conhecer as características dos transtornos mentais, afinal, a informação é a melhor forma de combater tabus e preconceitos. Pensando nisso, compilamos em um artigo as principais respostas para tudo o que se relaciona à síndrome do pânico. Leia até o final e tire as suas dúvidas!

O que é a síndrome do pânico?

A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade é caracterizada pela ocorrência inesperada e repentina de crises de ansiedade agudas. Elas são marcadas por muito medo e desespero, além de outros sintomas físicos e emocionais que podem atingir o máximo da intensidade em até 10 minutos.

A primeira crise costuma acontecer em qualquer idade, mas é bem comum aparecer na adolescência ou no começo da vida adulta. Vale pontuar que o episódio pode se repetir várias vezes no mesmo dia ou até mesmo levar semanas, meses ou anos para aparecer novamente.

O transtorno é capaz de afetar o dia a dia da pessoa, que não consegue realizar as suas atividades e fica com uma preocupação constante em relação à possibilidade de sofrer novas crises que, inclusive, também podem ocorrer durante o sono.

As diferenças entre o ataque de pânico e o ataque cardíaco

Ambos podem causar dor no peito, falta de ar, sudorese, náuseas e taquicardia. Porém, mesmo com esses pontos em comum, há diferenças importantes.

No ataque cardíaco, a pessoa costuma sentir uma dor opressiva na região do tórax, que pode irradiar para a mandíbula, braços ou ombros, sendo mais comum do lado esquerdo. Além disso, há ardor no peito.

No ataque de pânico, por sua vez, as dores podem se espalhar pelo tórax e pescoço, mas não causam sensação de pressão. E junto disso há a sensação de desespero, o medo de morrer e a dificuldade de diferenciar o que é real e o que não é.

Quais são os sintomas do transtorno?

A síndrome do pânico costuma afetar mais as mulheres do que os homens. Além disso, é frequente que as pessoas que sofrem com o transtorno tenham quadros de depressão também.

Em uma crise, é normal apresentar pelo menos quatro dos seguintes sintomas:

  • medo de perder o controle;
  • medo de morrer;
  • desrealização (distorção na visão de mundo e de si mesmo, o que impede a pessoa de diferenciar realidade e fantasia);
  • dor ou desconforto no peito;
  • taquicardia;
  • sudorese;
  • sensação de falta de ar;
  • náuseas;
  • despersonalização (desligamento do mundo exterior, como se estivesse vivendo um sonho);
  • tontura;
  • calafrios ou ondas de calor;
  • formigamentos;
  • tremores.

Quais são as causas?

A ciência ainda não descobriu as causas exatas da síndrome do pânico, mas há alguns fatores de risco capazes de influenciar o surgimento do transtorno, por exemplo:

  • genética;
  • episódios de estresse extremo;
  • transições de vida que ocorrem de forma abrupta;
  • preocupações excessivas;
  • histórico de violência e abuso;
  • perda ou doença de uma pessoa próxima;
  • perfeccionismo;
  • repressão de sentimentos negativos;

Qual é o tratamento para a síndrome do pânico?

O diagnóstico acontece de acordo com critérios definidos no DSM V, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. As crises precisam ser recorrentes e causar modificações de comportamento negativas na vida da pessoa para se enquadrar na síndrome do pânico.

O tratamento passa pela psicoterapia, com um psicólogo, que é um processo importante para o aprofundamento das causas dos sintomas e a superação dos medos que a pessoa vivencia.

A terapia cognitivo comportamental é muito recomendada nesses casos por utilizar a exposição a situações que causam pânico de forma sistemática, gradual, controlada e progressiva. Isso é feito até que haja a dessensibilização diante do agente agressor.

Além disso, a consulta com um psiquiatra pode ser necessária também, pois alguns casos exigem medicação. E para complementar o tratamento é importante praticar exercícios físicos e treinar exercícios de respiração, que são ótimas formas de cuidar da saúde mental.

Por fim, é importante pontuar que o tratamento costuma durar de 6 meses a 1 ano, tendo sempre em mente que as crises podem voltar mesmo depois de muitos anos de melhora.

Dicas importantes para lidar com uma crise de pânico

Existem algumas técnicas que ajudam a lidar melhor com as crises, confira quais são:

  • técnicas de respiração: o ideal é respirar lentamente pelo nariz, reter o ar por alguns segundos e expirar pelo dobro de tempo que você utilizou na inspiração;
  • pensamentos positivos: é importante tentar focar em algo que traz sensações de paz e tranquilidade para fugir do negativismo;
  • alimentação regular: quando você fica longos períodos sem comer, isso pode afetar o organismo e gerar maior predisposição para crises;
  • ficar próximo de pessoas queridas: amigos e familiares podem te ajudar a se distrair e se conectar com si mesmo de maneira saudável.

E aí, gostou do artigo? Repasse estas informações a outras pessoas que precisam saber mais sobre a síndrome do pânico, pois essa é a melhor forma de conscientizar todos e eliminar os preconceitos que ainda persistem na sociedade.

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