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Asma: a importância do tratamento para evitar complicações da doença

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06/05/2022
3 min. de leitura

Uma das doenças crônicas mais comuns do mundo, ela afeta tanto crianças quanto adultos e precisa de tratamento regular para evitar complicações graves. Estamos falando da asma, que provoca inflamação das vias respiratórias e estreitamento dos brônquios, dificultando a passagem de ar para os pulmões.

Ainda que a doença seja mais comum em crianças, ela pode iniciar em qualquer fase da vida, incluindo a velhice. De acordo com a pneumologista Rafaela Bernardi, muitas pessoas acreditam que, se não tiveram asma na infância, estão livres da doença. Não é verdade. "Crises de falta de ar, chiado, tosse persistente e cansaço aos esforços podem ser causados pela asma, independentemente da idade. Mas, em adultos e idosos, é muito importante diferenciar os sintomas de asma dos sintomas de outras doenças comuns, como insuficiência cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema e bronquite), que podem ser confundidos com a asma", explica a pneumologista Rafaela Bernardi.

Dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia apontam que a asma acomete 300 milhões de pessoas em todo o mundo - aproximadamente 20 milhões delas apenas no Brasil. As causas da doença ainda não são totalmente claras, mas a principal teoria é de que ela seja provocada pelo efeito de uma combinação de fatores ambientais e genéticos (hereditários).

Como é realizado o diagnóstico de asma?

O diagnóstico de asma é baseado na avaliação clínica. Os principais sintomas de asma são:

  • Crises frequentes de tosse
  • Sensação de aperto no peito
  • Chiado
  • Falta de ar

Estes sintomas da asma podem ser causados por exposição a alérgenos como poeira, ácaros, perfumes, mudanças de temperatura ou até mesmo exercícios físicos. Mas o diagnóstico precisa ser confirmado através do exame de espirometria (exame de sopro), realizado em consultório médico.

Quando estes sintomas se intensificam, costuma-se produzir um ataque de asma. Em casos de crises graves, é preciso procurar atendimento médico de urgência, pois há risco de morte.

Os sintomas de uma crise de asma grave são:

  • Dificuldade para respirar, inclusive em repouso
  • Dificuldade para falar
  • Tom azulado na pele
  • Aceleramento do pulso
  • Ansiedade
  • Alteração da lucidez
  • Transpiração intensa

Por ser uma doença crônica, a asma não tem cura, mas tem tratamento - e ele está bastante avançado, com várias possibilidades de medicações. De acordo com a doutora Rafaela, a doença tem características diferentes em cada paciente, e isso varia também com a idade. Crianças e adolescentes, por exemplo, apresentam principalmente asma alérgica, o que é menos comum em adultos e idosos. Por isso, é importante realizar um tratamento individualizado que ofereça os melhores resultados a cada paciente.

"O tratamento regular da asma é muito importante para melhora dos sintomas e melhora da qualidade de vida dos pacientes. Além disso, também ajuda a reduzir o risco de crises graves e hospitalizações", afirma Rafaela.

Crises de asma: como evitar

O uso de medicações preventivas e o acompanhamento regular com pneumologista pode evitar crises de asma. A maioria dos asmáticos, se bem tratados, vivem bem, sem crises e com boa qualidade de vida. Veja as dicas da pneumo Rafaela para controlar a asma:

  • Usar medicações inalatórias regularmente
  • Evitar exposição ao tabagismo
  • Evitar contato com substâncias que geram crises (poeira, perfumes, ácaros)
  • Ter sempre disponível a medicação de resgate (de crise)
  • Praticar exercícios físicos
  • Manter uma alimentação saudável 

Mesmo se tiver suspeita da doença, evite o uso de remédios caseiros, pois não há comprovação científica - eles podem até mesmo atrasar a busca pelo tratamento da asma, expondo os pacientes a crises graves.

Se você identificou algum dos indícios mencionados nesta matéria, procure um médico pneumologista. Padecer destes sintomas não significa, necessariamente, que você tenha asma. O exame físico e o histórico clínico permitirão ao médico identificar a presença - ou não - da doença.

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