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Câncer infantil: saiba os sinais aos quais os pais devem permanecer em alerta

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24/02/2022
4 min. de leitura

Uma das principais causas da mortalidade infantil, o câncer enfrenta desafios adicionais no caso dos tipos raros da doença. A necessidade de conscientização sobre o assunto ganhou evidência após o apresentador Tiago Leifert contar que a filha Lua, de 1 ano e 3 meses, foi diagnosticada com retinoblastoma. Tiago e a esposa, Daiana Garbin, abriram o caso para alertar outros pais que também enfrentam os percalços de um diagnóstico difícil e as preocupações do tratamento.

O retinoblastoma é um câncer raro que se origina nas células embrionárias da retina, que recobre internamente o globo ocular. "Incide principalmente entre crianças com idade menor de cinco anos, mas principalmente menores de três anos. Pode ter um componente hereditário, ou seja, quando o pai ou mãe tiveram a mesma doença e transmitem o gene que predispõe ao retinoblastoma aos filhos", explica o doutor Lauro Gregianin, oncologista pediátrico e responsável técnico do Núcleo de Atenção ao Paciente do Instituto do Câncer Infantil.

Os tumores raros ainda são pouco conhecidos. O diagnóstico é difícil e costuma ser obtido após meses realizando exames e visitando consultórios. A organização Rare Cancers Europe (RCE) estima que existam mais de 200 tipos de cânceres raros, incluindo os pediátricos. Eles costumam se manifestar em lugares atípicos ou até mesmo em lugares frequentes, mas originados de tipos celulares raros. O retinoblastoma, por exemplo, é o tumor ocular mais comum em crianças, mas é considerado raro por corresponder a cerca de 3% dos cânceres infantis.

De acordo com o doutor Lauro Gregianin, há duas dificuldades principais no tratamento dos cânceres raros infantis: o diagnóstico tardio, que tem sido observado em um número significativo de casos, e a falta de acesso às novas tecnologias, incluindo exames e medicamentos que foram incorporados recentemente no tratamento destas crianças.

"Algumas novas drogas ainda necessitam de etapas regulatórias a nível nacional. Os movimentos liderados pela Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) e pela Frente Parlamentar da Prevenção e Combate ao Câncer Infantil (FPPCCI) buscam acelerar este processo junto aos órgãos competentes, incluindo o Ministério da Saúde", explica o oncologista.

Assim como acontece em outras fases da vida, a identificação do câncer infantil é o primeiro passo para o começo do tratamento - e quanto antes ele tiver início, maior serão as chances de bons resultados. O diagnóstico precoce, ou seja, ainda na fase mais inicial da doença, permite, em muitos casos, a realização de um tratamento menos "agressivo" ao organismo.

"Por exemplo, a criança pode receber quimioterapia em doses menos intensas ou mesmo se beneficiar de cirurgias ou radioterapia menos debilitantes. Outro grande benefício em se diagnosticar o câncer infantil em fases iniciais está na melhor sobrevida, ou seja, a maioria dos pacientes têm maiores chances de obter a cura quando o tratamento for iniciado mais precocemente", afirma o doutor Gregianin.

Via de regra, há sinais aos quais os pais podem estar alertas. Pensando nisso, o Instituto do Câncer Infantil criou a campanha Repare no Detalhe para divulgar informações sobre como valorizar os sinais e sintomas que podem representar um início de manifestação de câncer infantil. Alguns deles são:

  • Palidez importante;
  • Sangramentos gengivais;
  • Manchas roxas na pele sem causa aparente;
  • Febre continuada sem uma infecção identificada;
  • Dores de cabeça que acordam a criança e aliviam após vômitos;
  • Nodulações pelo corpo.

Portanto, investigue com o pediatra se seu filho apresentar qualquer um destes sintomas. Ainda que um diagnóstico positivo possa ser preocupante, as estatísticas são promissoras. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) explica que, diferentemente dos adultos, nas crianças e adolescentes o câncer tende a afetar as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação.

Por isso, via de regra, a resposta aos tratamentos do câncer infantil tende a ser melhor do que na fase adulta: cerca de 80% das crianças e dos adolescentes que padecem da doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. Após o tratamento, a maior parte deles viverá com boa qualidade de vida. A filha de Tiago Leifert, Lua, está se recuperando bem das sessões de quimioterapia, conforme revelou a mãe, Daiana, no início da semana.

Como ajudar?

Se você deseja ajudar crianças que estão em tratamento contra a doença, acesse o site do Instituto do Câncer Infantil e se informe sobre como fazer uma doação ou se tornar um voluntário. A Panvel também é parceira do instituto: o Selo Coragem nas embalagens das fraldas Baby Clube da Panvel  identifica os produtos cuja venda tem parte do valor destinado ao ICI.

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