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Transtorno bipolar: o que é, sintomas, diagnóstico e tratamento

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30/03/2022
3 min. de leitura

O Transtorno afetivo bipolar, também conhecido por transtorno maníaco-depressivo, é um distúrbio psiquiátrico caracterizado por mudanças, muitas vezes repentina, de humor. Essas alterações, que se alternam com períodos de humor normal, podem variar de depressão a episódios mania, que envolve picos de euforia elevada, irritabilidade, excesso de atividade e hipomania - versão mais leve da mania. As  crises podem variar de intensidade, frequência e duração.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o transtorno bipolar afeta cerca de 140 milhões de pessoas em todo o mundo. O transtorno afeta mulheres e homens, com sintomas iniciando geralmente na adolescência até o início da fase adulta (18 a 25 anos). No entanto, crianças e pessoas idosas também podem ser afetadas.  O distúrbio requer tratamento para toda a vida.

Sintomas

Os sintomas do transtorno bipolar se alternam em episódios de depressão e maníaco. Segundo a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata), o paciente pode apresentar os principais sintomas:

Episódio depressivo:

  • desânimo, tristeza, angústia, mau humor e ansiedade;
  • pessimismo e desesperança;
  • irritabilidade e agitação;
  • sentimento de culpa, vazio e inutilidade;
  • dificuldade de concentração;
  • baixa autoestima;
  • sono excessivo ou falta de sono;
  • fadiga e sensação de cansaço;
  • perda ou ganho de peso e falta de apetite;
  • dores no corpo;
  • perda de interesse por atividades que eram agradáveis;
  • isolamento social;
  • perda da libido;
  • pensamentos de morte ou suicídio.

Episódio maníaco:

  • Irritabilidade, agressividade, agitação e euforia;
  • Autoestima excessivamente elevada;
  • sentimento de grandeza, em que o paciente passa a ter delírios, acreditando que  é especial ou possui habilidades especiais;
  • sentimento de invencibilidade;
  • comportamento compulsivo;
  • hiperatividade, fala rápida e fala mais do que o habitual;
  • pensamentos acelerados;
  • insônia;
  • aumento do desejo sexual.

A Abrata alerta que crianças e adolescentes apresentam os mesmo sintomas, no entanto, estes podem ser confundidos com falta de educação, birra, agressividade, irritabilidade, falta de motivação, mau humor, tristeza ou energia elevada, animação e ansiedade. Isso porque, nessa faixa etária, eles têm dificuldades em se expressar e identificar suas emoções, destaca a entidade.

Diagnóstico

O diagnóstico para o transtorno bipolar geralmente é difícil, podendo levar 10 anos para o paciente levar um diagnóstico preciso de bipolaridade. A Abrata aponta que o desconhecimento sobre as manifestações do distúrbio, o preconceito e a autoestigmatização sobre esse transtorno são os principais fatores que levam à demora do diagnóstico. Por isso, ao perceber a presença de ao menos cinco dos sintomas depressivos ou três dos sintomas maníacos persistentes, procure a ajuda de um médico psiquiatra.

Tratamento

O transtorno bipolar não tem cura, mas o tratamento ajuda a controlar a doença. A psicoterapia é um dos principais métodos que ajudam o paciente a lidar com as alterações de humor e pensamentos. O uso de medicamentos aliado a psicoterapia, em geral, também é recomendado. Além disso, a Abrata aponta que o paciente também pode realizar atividades que promovam o bem-estar e aumentem sua qualidade de vida, como:

  • seguir corretamente o tratamento;
  • manter contato constante com o médico responsável;
  • fazer a higiene do sono;
  • evitar o uso de drogas e álcool;
  • evitar consumir substâncias que possam causar oscilações de humor, como café em excesso, antigripais, antialérgicos ou analgésicos;
  • conversar sobre o transtorno com familiares, amigos e até mesmo no meio profissional, caso ocorram crises que impeçam você de trabalhar;
  • conheça mais sobre a doença, visando controlar mais os sintomas e evitar gatilhos, por exemplo;
  • Aproveite períodos de bem-estar para redescobrir como você de fato é; como são os sentimentos de tristeza, alegria, disposição e como você lida com seus problemas;
  • não hesite em procurar e aceitar ajuda de familiares e amigos quando perceber que não consegue se cuidar sozinho;
  • busque conversar com outras pessoas com o mesmo problema, que já passaram por isso.

Não abandone o tratamento por conta própria. Ele é fundamental para reduzir as crises, controlar a evolução da doença e seus sintomas, bem como a intensidade e duração das crises. Sempre que possível, procure ajuda médica e não se automedique.

Fonte: Infohealth

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